Ao todo somos quatro: eu, eu, você e você. -
Aquele que você quer conhecer, aquele que você não irá conhecer, aquele que eu
quero conhecer, e aquele que eu não vou conhecer. – No físico cada um comporta
dois, mas você não sabe disso, ainda. Eu posso te explicar se quiser, mas não
creio que será interessante. Pois de onde eu venho a dualidade deve ser
desconsiderada ou multiplicada, o que faz com que as coisas fiquem complicadas.
A verdade mesmo é que eu não quero conhecê-lo,
este par de almas onde revezam seus dois “eus” já me permitem saber quem és. Existe
um que conversa comigo, outro que manipula o que o antecessor está a dizer. E
claro, como sou da mesma espécie que a sua, também faço isso. Todavia o
importante é que eu não me importo, no final de todo esse tempo em que temos um
para o outro, vou saber exatamente quem é e quanto atua no momento.
Expectativa é ficar no aguardo de alguém que apenas
tenha um dentro dele, e que possa não me ver em dois. Já até consigo
imaginar quem é. Não é você, claro. Mas pode se tornar. Um em que a falta dos
pares de almas em que chamam de olhos não funcione mais. Desafiador? Talvez.
Mas para me enxergar, de verdade, não podes me ver. Apenas, no entanto, me
sentir.
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