Escrever algo após uma refeição, sempre cobra um tom mais ameno de palavras. Nas cores mais azuis e nos gostos mais refrescantes. Aqui deixo não as folhas de hortelã, mas sim as de menta, que são assim por dizer no meu sentido de sentir. Olhar para esse ambiente, sem elogiar tamanha tranquilidade, fugiria do meu pretexto. Quando nessa vasta altitude, de ventos fortes e climas amenos. Vejo esses que aqui moram, acabo me assustando. Tamanha primeiramente aparenta ser sua raça. Não só pela saliência dos rostos, mas pela cor também. Regados de sol, suas peles os mantém todos nos mesmos padrões. Aqui quem vem de fora da para se perceber.
O jeito como se vestem, me permeiam até um censo critico quando vejo. As garotas - coitadas - sempre carregando muitas cores, e com seus cabelos também queimados pelo sol, estão sempre desgrenhadas e falando alto. Perdendo a pose do mistério, para a perdição da diversão entre grupo, com as colegas e amigas. Já os garotos, seus cabelos apesar de sempre mal cuidados, sempre são lisos. Perfeição que invejo por eles mesmos não estar nem ai. Os olhos porem em ambos os sexos, e o que mais me intriga. E o que mais me faz pensar.
São em contraste com a pele, sempre aveludados de cor, predrificados de brilho. Mel é a maior porcentagem dessa cidade. Eles sempre te olham como se fosse ainda te reconhecer. Olham de um jeito como se dessem importância. E isso para quem vem da cidade como eu, é de um tanto, espanto. Essa serenidade me irrita, essa falta de o que fazer misturado sempre com a grande quantidade de tempo, me faz querer nunca mais voltar para esse lugar. Sempre bem dispostos, o tédio parece nunca chegar aqui. E esses me analisam.
Quero mesmo era poder te ver. Vós sois o único dentre tantos aqui restritos, que não me faz lembrar essas interjeições. Seu modo de julgar, de dizer, pula do semblante e do sotaque grotesco em que aqui todos têm. Não sei se é porque é igual a mim. Mas tenho a perfeita paciência que queria ter com os demais para ouvir.
Eu que prometi nunca voltar para esse lugar. Onde no todo já fiz várias amizades, porem sem explicar todos mudam, e preguiçosos de fala me deixaram abandonado em casa. Sem me procurar, nem visitar tal "garoto da capital". Pois é sempre assim. A sociedade de um respectivo ciclo evolui. Esquecendo de onde proveio tal evolução se submetem ao sumiço e ao metido jeito de ser. Mas também esquecem que a evolução não é um relógio de um ponteiro só. Onde se eles já avançaram os minutos. Eu por minha vez já passarei as horas. Sendo assim garoto dessa maldita "capital" - sempre avante, sempre à frente - por puro instinto, ou até intuição. Sempre estarei à frente. Conseqüentemente.