De mim até você existe um universo
Que criamos com rapidez
Tanta velocidade que nós esquecemos de criar um mapa
E nos perdemos de vez
Mesmo que incerto, acreditei em você e selei
Eu te tendo sempre, até você me perder
A carta que dentro veio às novas regras
Através do tempo que vejo nos dissolver
De mim até mim mesmo, veio agora o caos
Você me judia, tendo a falta, o chicote
Eu não te tenho e você não me tem
O que nos liga é a ponte dos ponteiros
Falta-me o engano, o desespero e as indagações
Resta-me a inércia, a imperícia e as reclamações
Não vou colocá-lo em verso por não precisar assim ser
Me fez sofrer até agora, de todo tendo que permanecer
Rendo-me misturo-me sem ti, por agora não te ter
Nesta prateleira de reagentes, vou usando todos os frascos
Organizo todos em prosa e insiro na seringa de corpo presente
E injeto-me de manhã, feito vitamina!