sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Di Mi Ser

       Aqui eu posso ser tudo; Essa é a diferença. Entre um eu de verdade, e um eu por escrito. Esses limites da folha são infinitos quando brancas. Cada poro dessa superfície me permite dizer o que quero: verdades, mentiras, dúvidas. O que eu não sei, eu deixei de ver. E agora nada mais é preciso; A realidade está explícita e sem potencial de mudança. Você será sempre você; Até que eu o coloque em prosa.

domingo, 2 de outubro de 2011

Pré-inexistência


     Não querer dizer nada, não querer estar entre linhas, não dizer quem é, não dizer de quem vem, aonde vai, definições, descrições, nem a sombra poder projetar. Ficar assim, sem pessoa, sem cheiro, transparente, e inerte. Viver só nos pensamentos, e interpretar. No entanto, não fingir nada. Apenas planejar. Prática teorizada. Teoria praticada. Nada pode dizer que está errado, nada pode definir como certo também. Isso aqui não foi escrito com as mãos, nem com dedos. Está aqui só porque encontrou. Quem encontrou? Quem está ai? O que pensa? Porque pensa? – Não importar, se importar, e não importar de novo. - Não querer ser melhor, nem pior que nada. Só apenas não querer ser eleito e enquadrado. A verdade é que não da para corrigir, pois não dá para ler. Nem em pensamento está. O que se sabe é que existe, e que existe para isso, uma única prova viva para comprovar. Da qual ninguém desconfia onde está, e nem é preciso que desconfiem. Pois a única pessoa que precisa assim fazer, e da única o qual saberá usar, é você. Você pode não entender, mas sabe do que eu estou falando.