Tenho uma angustia que me aflige. Como um primo ou familiar que não conheço, me ponho a pensar: Como seria tua voz; a cor do par de seus olhos, da tua pele; o jeito de articular; de pensar e pensar do que sou. Isso me corta, como um conto. A conexão do que somos ao nos vermos me traz lembranças de um futuro imaginário.
O tempo não me permite conhecer, todos os eventos me afastam de você para um momento certo. Um momento que só o destino conhece, e é isso que me traz o fervor. Condolências. Ficar aqui esperando, agüentando meus familiares e os meus problemas sociais, me fazem pensar em um outro corte.
Um corte como um conto na minha vida, para cortar essa angustia. Ansiedade. Ter que esperar os minutos certos para te cumprimentar e dizer “Ola”. Tudo o que sinto deveria estar no passado. Um passado adolescente de não saber esperar. Saudades de não ter te conhecido, ainda.
Morrer. São essas coisas, dentre as demais, que me fazem lembrar do jeito misterioso em que Ele age. Certo ou errado não caibo a julgar. Mas que me corta, isso sim, me corta. Apesar de ainda poder pensar em ter forças para curar toda essa dor, que não é muita, mas é acumulativa. De não saber quando te encontrar. Saudades do futuro.