Mais sábios que os meus, são os olhos desses.
Focados em mim, sábios como quem se esconde na noite, eu vulgo com um lampião
na mão. Era pra ser um aviso, um certificado, um alerta. Eu que sempre corro,
não via. Mas visualizada seu desejo de resposta certa. Agora por quê? Eu acho
que não conseguiria. Faltavam alguns dias, e minha tranqüilidade despertava
junto com o eixo dos meus olhos.
Uma cobra de corpo extenso, pele grossa feita
armadura de nômade. Cor marrom, cabeça em forma de lança. E tais pequeninos
olhos negros, virados ao charme de uma estimação. “Olhe em torno, olha à volta”
– Onde poderia quem seria? Quais as conseqüências em jogo? – Eu estava prático
de mais, era contra as regras da vida. Não amar e ter alguém não estavam no
dicionário dessa nova língua que aprendia.
Depois de tantos anos praticando, agora que eu estava
próximo de controlar esse canto. E a casa inundava, e a cobra me advertia.
Vagando de um lado por outro, em torno de mim. – “Onde, olhe, ache, encontre” –
Onde está a saída? – Encontrar a porta para a fechadura, a chave para a mão que
a vira. – Quantas voltas eu teria que dar? - Ela não me respondia não se permitia. Fazia parte do
intelecto observar, ver como as coisas acabariam.
Na falta do medo
desci dois dedos de pálpebra. Ela veio me contar, e eu não pude lhe satisfazer.
Pagar uma conta sem nem da moeda ter. O desafio era o inicio, o produto, metal
físico da proporção. Quando o caminho começa pelas pegadas, onde a chave é o
inicio da porta. E a passagem o maior prêmio.