segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vento, Chama e Fumaça


     Eu poderia morrer agora, sim, como eu poderia. Tarde fresca, pós várias rajadas de chuva. E eu estou escorado na grade, ouvindo o som da cafeteira rosnar feito meus desejos após filtrar a ultima gota da água no café. Sim eu estou de férias, e não me culpo por isso. O vento bate, se enroscando nos meus pequenos cachos. E o meu cigarro já está aceso. Sim todos os meus sonhos já estão próximos: Vento, chama e fumaça.
     De fundo uma musica longe no meu quarto soa, nas minúsculas caixas de som embutida na tela pequena de LCD do meu quarto, do meu computador, leviano. Sim musica alternativa, vozes e gritos de guitarra que não ouso entender o sentido, só posso julgar o prazer. Tudo que é alternativo, só me traz prazer. E é exatamente o que procuro nas minhas tardes; Nesta tarde, na minha vida.
     Prazer! Sim, qual mortal que não procura prazer na sua vida!? Eis ele me julgue, pois se for mortal, e realmente não buscar prazer na vida, tudo bem, logo eu não sou mortal. Sim, se existir tal profecia, eu posso nunca ter sido mortal. Daí serei eterno, e como eu queria ser eterno! Para fazer de todos os meus investimentos: cigarros e café. Pois o vento eu sei que sempre terei, só iria me faltar fumaça, que logo com a combustão eu conseguiria.
     Combustão: Queimar todos os meus conflitos e problemas na ponta de um cilindro de papel, fazer de todos os meus delitos e más vontades o impulso para trazer o ar puro e perfeito para dentro, torná-los fumaça, respirar tudo. Tudo queimado... Sim... Sim!!! É a tragada perfeita, sim... Eu consegui, estou no meio do meu Luck Strike. E nada pode me ferir agora.
     Pode vir um tiro na minha cabeça, posso tomar uma facada nas costas. Nada vai tirar esse êxtase que agora sobe de elevador no meu cérebro! Nada! Nem Deus, nem o Diabo! Tudo agora está condensado, tudo agora está trajado e centralizado dentro do meu ser: Vento, chama e fumaça.
     Eu sou capaz agora de voar, arrepiar meu pelos, fazer deles asas e chegar aos céus como se não houvesse terra, como se nunca mais eu pudesse tocar ao solo. Sim! Eu posso, eu posso tudo baby! E tudo me pode agora, qualquer pedido, qualquer chantagem eu poderia aceitar agora em troca. Sim, eu aceitaria como aceito a troca de minha mortalidade por algumas tragadas no Luck Strike. Sim, ele sabe como é o nosso contrato... E ele o honra, como eu o honro quando eu ponho o isqueiro para acende-lo.
     É... agora abro os olhos e vejo o quanto a viajem foi longa, quanto eu agora estou cansado, e o quanto meu café está pronto para eu tomá-lo. É... agora todo o conformismo me contempla, e todos os problemas voltam para mim. E eu volto a ser o que todos querem, e vejo a platéia me pedir desculpa, por deixar eu ter prazer assim, como sempre. Olho para traz, sirvo o meu café, e volto a acender outro cigarro.
     Sim, a viajem não pode parar...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Injetar


     Não era só mais uma injeção, não podia ser guardada em uma seringa descartável. Não era mais um tempo perdido, todo o suspiro faria aquilo verdadeiro... Talvez. Ninguém sabe até hoje como a inspiração é movida, sonhos, música, amor. Ninguém sabe o que se resulta o caos, o abandono, a saudade. Talvez se pudéssemos olhar pra traz, e ver qual foi os atos que levaram a tais conseqüências.
     Sim, era assim que esse composto era composto. Uma dose densa, quase leitosa, para quando penetrasse na pele, fizesse quem for sentir os cristais rasgarem dentro do ser, e o fizesse sentir o que realmente ela traria depois. Porque é assim que ela quer que você a encontre. Para chegar ao conforto, é preciso pisar nas pedras. Só o processo de ser, já deixa a pessoa estar, vivendo aquilo que ela quer viver.
     Não, não encontraria isso ano que vem, eu sabia disso. Eu já desisti, e não posso encontrar mais. Pois toda vez que quero encontrar essa dose, tenho que por meu pescoço à venda. E me arriscar. Não eu não arriscaria de novo. Porem, era a ultima esperança. Seria assim, eu, sendo eu mesmo. Sem trocas, sem remanejamento. Jogar o jogo da vida com o mesmo time. Talvez só na variação da sorte me traria à vitória.
     Pois é assim que nós nos vemos todos os finais de ano, remanejando estratégias, falsas estratégias. Re-configurando os erros, fingindo não querer fazê-los no próximo ano. Sim todos nós somos tolos, para não querer errar de novo, e saber que vamos errar de novo.
     Não, eu agora estava diferente, estava pensando só no final, nos objetivos. Agora eu não me arriscaria, arrisquei todos os anos, e em todos os anos não encontrei. Porque me arriscar agora? Não, não seria justo, como comer colheradas de lentilha todos os anos, desejando uma só coisa, e todo fim do próprio ano ter indigestão de ter comido a do ano passado.
     Isso não ira se repetir ano que vem, eu seria natural – naturalmente – e viveria tudo aquilo como se já tivesse vivido, em um sonho, em uma previsão de tarô... Talvez. Mas aquela expectativa morreria em mim, esse ano. E eu sentiria aquela ultima fisgada da seringa que era meu remédio de todos os outros anos anteriores. Injetar e “desinjetar”. Logo largaria o vício. Largaria ela, como se eu não importassem com o que viesse depois, se eu perdesse algo, seria lucro, às cegas.
     O que tinha dentro daquilo em que me vacino todo fim de ano? Uma dose única, e anual do que me faz valer a pena arriscar todos os anos, de passar a fio, à risca. Uma dose caríssima. Mais valiosa que adrenalina, que hormônios e qualquer coisa que o corpo possa fabricar. Mais valiosa; E de tão valiosa perdi o gosto de injetá-la e certamente eu não teria motivos para tê-la dentro de mim no próximo ano.
     “Não, nunca mais eu iria para a farmácia comprar uma dose de alívio.”
     Sim, Injetar e "desinjetar" - literalmente.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

S.O.S.


     Ok, nada disso está certo... más... será só mais um dos temporários vínculos que encontramos na vida da gente. Vínculos que parecem ser... eternos. E que podem assustar qualquer um que seja esperançoso, que crie expectativa, ou que simplesmente seja novo demais. Sim, eu estou falando de um vínculo que todo coração passa. Um período, uma transição... que pode durar a vida toda.
     Certo, está certo. Eu sei que estou extirpando, criando só mais uma teoria. Mas, do que seria as nossas vidas se não fossem essas teorias. O próprio amor, é uma das teorias mais praticadas, e que até hoje, não deixa de ser teoria. Sim! O amor! Como próprio o nome diz, pode ser posto diversas vezes no papel, e de diversas formas e tamanho. Sem alcançar uma medida se quer, de sua própria dimensão.
     Daí você, se existir, pense comigo: Qual é a sua dimensão? Qual a dimensão que você da para o seu amor? E qual é a prioridade e critérios para essas dimensões?
     Essas perguntas cintilam entre as paredes do meu ser, em ver todos os outros seres se amando: amigos e inimigos, conhecidos e desconhecidos. Seria mais uma das minhas maldições? Na qual eu carrego pelo simples prazer de tê-la em companhia?
     Eu não sei, só sei que eu posso ver pessoas que sabem o tamanho das dimensões do seu amor, e encontrando outros com as mesmas dimensões. Sim, eu sei que elas brigam: Todos os mortais brigam! Só que é como se quando esses mesmos brigassem, fosse quando suas respectivas dimensões alterassem de tamanho, daí fosse preciso encontrar outro amor, com as dimensões do teu próprio amor atual. Ou ceder, e forçar o seu amor a ter a dimensão do amor em que você está brigando, fazer isso... por amor.
     Sim! Sim! Eu sei! Todos encontram outro amor, e tem como tem gente que encontra! Só que... que... parece, não sei vocês. Mas parece que existem pessoas que tem dimensões imensuráveis, e de tal forma e peso que não dá para tê-los em mãos, nem guardá-los de forma segura. É como se o tamanho fosse maior que a própria Terra, ou quando você visse essa pessoa, ela estivesse ocupando um espaço maior que o corpo dela permite-se ocupar.
     È como se o peso desse amor dessa pessoa, fosse muito leve. Leve de um jeito de fazer faltar o ar que a rodeia em raio, e fazer com que sua respiração requeira mais ar. Palpitações... Como se ela fizesse de sua gravidade uma cegueira dos próprios olhos não saberem que são cegos.
     E é isso que me concluí. Eu: Ser um ser que não sabe a cegueira em que me cego.
     Tornar o ar de quem quer respirar, irrespirável perto de mim. E torná-los longes, e distantes. De uma forma que na multidão, reste apenas um anel em torno do meu centro.
     Eu. Que torno tudo mais frágil, e que procura pessoas que fazem do mesmo ar irrespirável, da mesma gravidade “impesável”, do mesmo amor imensurável.

domingo, 13 de dezembro de 2009

A Agulha e o Caio


     Era uma agulha, e era um palheiro. E era Caio, em frente a este dilema, este enigma. Ele estava na porta do paiol, e acredite se quiser como ele mesmo não acreditava: Havia muitas palhas! Ele estava disposto a enfrentar toda aquela grandeza para achar a agulha. Pois ele sabia, e via que todos achavam suas agulhas. Então ele se perguntava:
     -Porque eu também não acharia?
     Ele era virtuoso, e sempre pensava em tudo com muita esperança, sempre muito caloroso. Ele já era menino, e sabia o que estava fazendo, pois ele já era menino. E meninos quando sabem que são meninos fazem de tudo, para saber o que esta fazendo, para assim fazer e se tornar homem. Homens que depois de feito o que estes saberiam o que estivessem sendo feito, poderiam morrer, de tanto orgulho e felicidade por ter feito o que era determinado por eles, determinado pelos sonhos, dos meninos.
     E assim Caio partiu para o paiol na manhã seguinte para cumprir seu desejo, seu sonho de encontrar a agulha, no palheiro. Ele adentrou bem cedinho, retirou o cadeado do paiol junto das correntes que os prendiam e trancava antes do celeiro. O sol mal podia ser visto, e Caio podia enxergar com olhos matinais de um menino que acabara de tomar seu café com ovos mexidos, do fogão à lenha.
     Logo estava no meio do paiol, e era imensamente grande. Sua família sempre precavida de ração, o mantivera sempre abastecido com seu milho, para as estações do inverno que aproximava. E lá, no auge do abastecimento, estava Caio em busca da agulha perdida, ou nunca encontrada. Ele revirava, separava a palha em cestos, lançava as demais para perto da porta, para não procurar aonde já fora ido. Logo atingia o meio dia, e Caio ainda não encontrou sua agulha.
     Ele nem imaginava como ela era, só sabia que ela teria um corpo, uma dobra aberta na cabeça para passar a linha, e na ponta uma ponta para perfurar os demais objetos. Caio sabia como era uma agulha, apesar de não saber exatamente como era a sua, propriamente dita, a que ele estava procurando. Caio logo foi arrastado para o fim da tarde, e não a encontrava.
     A lareira de sua casa já havia se acendido por sua mãe, seu pai já estava jantando, e Caio estava ajoelhado no paiol. Com os olhos tristes, e sua visão apoiada ao chão de madeira em tábuas. Caio estava perdendo as esperanças. Agora a dor era maior, e parecia que ele estava procurando uma palha no agulheiro. Como se todo aquele cenário amarelo avermelhado do paiol no crepúsculo da tarde, o machucasse em alfinetadas.
     Caio desceu do paiol, queria agora tomar um banho, para se lamentar de não ter encontrado a sua agulha. Sua casa era simples, e ele estava esperando sua mãe esquentar a água do banho em que ia tomar. Jantou, tomou seu banho, vestiu seu pijama de algodão batido. E com uma lamparina de querosene fora para seu quarto, repousar nitidamente naquela noite estrelada do fim de outono.
     Ele abriu a porta de madeira rústica e pesada, fazia ela muito barulho. Ele a empurrou com força. Observou seu quarto, com suas paredes rebocadas a barro do rio. Ele tirou seu chinelo de dedo. E sentou na sua cama, de costume bem devagar. Sentindo seu colchão velho, forjado e recheado de palhas que seu pai o fez para ele. Caio sentiu um enorme desgosto, lembrou de toda aquela tarde vazia perseguindo sua agulha furtiva. Sem esperança Caio se jogou no resto do resto do seu corpo no colchão.
     Foi quando Caio sentiu uma pontada nas costas, como ferrão de abelha nervosa ao proteger sua colméia. Ele abriu um largo sorriso, com os olhos cerrados. Caio sabia que nunca tinha visto, porem sabia que ela existia. E que ela estava agora, fincada nas tuas costas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ponto de Visão


     Brincar com o tempo. Tornar todos os humanos em simples peças, de um simples jogo. Fazer metáforas de objetos de desejo. Torná-los próximos a quem se quer e quer tê-lo próximo. Fazer da dimensão do teu desejo, a própria distancia. Tornar a história o eixo. E fazer dela, a mãe de toda a trama. Torná-la inviolável, e mudar todo o contraste dos enredos. Fazer da hesitação, o lucro! E do lucro, o orgulho.
     Fazer de todo esse poder, o da manipulação do tempo, algo desconhecido para você. Viver com você, como se eu fosse um mero mortal. E ouvir você dizer que o tempo em que não tens para mim, é fato da sua dispersão. Tola quando não vê que o que não tens, eu posso conseguir no ato do estalar dos dedos. Tornar os dedos, frisantes ao espaço em que eu vou poder consertar tudo aquilo em que não estiver bom. E torná-lo aceitável.
     Daí nasce na concepção desse espaço uma linha, que nos divide. Como páginas, de um livro: eu o prólogo, e você o epílogo. Afim de torcer o livro em várias posições, ambas páginas nunca vão se encontrar. E ambas idéias nunca vão comunicar-se. E manteremos nossa mesma visão do mundo, eu controlando o tempo. E você o espaço. Teremos do nosso dom, uma perca, que poderá nos trazer o caos. E nos fazer de sã, loucos iminentes!
     Como trocar de hábito? Como trazer o tempo na raiz próxima de poder recomeçar? Como achar tua mão leve em toque para assim dela, a partir dela, traçar uma nova história para corrigir os erros?
     Sim, não me culpes. Eu tentei voltar o máximo que pude para te encontrar em tal vínculo. Porem não tivemos brecha, um segundo se quer para os nosso sentimentos. Depois de todos os tempos vividos, percebi que todos eles não me faziam encontrar qualquer pista que me levasse a uma rota para você. Todas as tentativas apenas eram distâncias variadas entre o meu e teu mundo.
     O mais próximo que tive, eu investi. Tentei perfurar, obstruir. Porem nem se quer arranhei a superfície. Eu apena a tinha em vista, e ela era de cor transparente. Perfeita em plano, e em dimensão. Parecia um espelho, aonde só cabia a altura e a largura de nossos corpos. O seu e o meu. Aonde e só aonde eu poderia te ver, no mais próximo ponto de toque. Sem toque...
     Mas chamar de espelho era elogio. Um espelho seria muito mais egoísta, seria muito mais cômodo. Me traria a sensação na qual tenho todos os dias ao acordar. Um espelho não me faria apaixonar pela imagem, sabendo que seu objeto já é conhecido pelo tal tempo de vida. Mas era pior, bem pior. Era um vidro, como ele mesmo poderia ser. Feito de areia para desabar e mover todo o meu sonho para traz, e voltar no tempo.
     Era a faísca da nossa explosão. Era em tudo sobre tudo, a única oportunidade de nos vermos. Durante toda a nossa caminhada era, vivida, era a única parte em que nossos olhos se cruzaram realmente. E isso me faria infeliz o resto de minha vida. Eu estaria agora diante de várias distancias de você. Sempre sabendo que nunca estaria ao toque teu. E que sempre que eu quisesse eu poderia voltar apenas aquela medida mínima, entre eu e você. Voltando no tempo, para ali estar tudo de novo. Como se aquilo fosse a porta que nos separássemos. Como se voltar para aquilo, trouxesse todo o meu sofrimento. Só de voltar no tempo para você, sem você, sempre... Aquilo seria agora a camada das nossas relações... Aquilo seria a primeira impressão. E ela ficaria, para sempre!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Chuva Chuveiro


     Toda farsa é flora, todo sonho é farsa quando você me vê. Todo tempo é lento, todo mundo é tento de tentar te ter. Quando a chuva cai, e em ti distrai todo meu pensamento no banho. É que vejo o quanto o chuveiro joga o que o mundo joga em mim.
     Se eu não te conhecesse tudo o que viesse seria de marfim. Eu te julgaria de todas as formas, e em farpas amarraria tua foto em praça. Mas quando eu te vejo, tudo roda em remanejo, só pra me machucar afinco. Se eu não te tenho, já estou em teto de ser aquilo que sonho em ter. Você, eu, e tudo o que o sonho quer ser. Porque se sonhos não fossem sonhados, seriam já realidades. E se o que fosse real não for sonhado, já os próprios sonhos não poderiam existir.
     Porque assim que é a minha vida, sonhar em realizar o que ainda não sonhei. Chover no teto de uma casa, cujo o banho é uma farsa para quem está a tomar; O banho. Porque assim que eu quero morrer, sem te ter, te tendo. Como uma esperança, uma doce criança diante de um doce. Em uma fotografia, onde a câmera é o objeto que a fotografa no espelho de seu ser.
     Porque se não for assim, não quero viver. E se for diferentemente, quero estar contente, e você já não vai existir. Porque se você sumir, será pra mim um seqüestro. E tudo o que for resto, será detalhe para mim. E se tocar o sino, quero de sino ser surdo para poder em turvo escutar só tua voz. No meio da gritaria, toda infantaria de uma multidão me faria perto de ti uma canção.
     Porque será, assim. Você vive mantendo meu vício e me consumindo nem querendo isso. E eu te injetando em dozes e substâncias. Quero pegar cada olhar teu e sangrar nos meus órgãos que ainda não apaixonaram por você. Quero pegar o bisturi, cortar o corte da minha alma, coisa tal de fundo quero ser um fundo onde você não vai conhecer.
     Só para ser assim. Você vivo e eu morto. Você vivo ou sem existir. Quero proteger o que há em ar perto de seu ser para poder me machucar. Te provar minha carência, tostar minha resistência. E sofrer de dor até os olhos envesgar. Fazer você chorar por mim. Quebrar teu muro de marfim. Você se arrepender, pelo tempo perdido e chorar por mim.