“Dessa vez ela veio bem rápida, com barulhos inertes pelos lados, sem perdoar quem estava sujeito a ela. Quem a vê simplesmente distrai, se perde, se acha, se satisfaz. Entra em uma nova dimensão. Ela é fácil mais dificulta, ela cura e machuca, ela cria mas também destrói, ela faz milagres
E Deus está nela, quando você nela insiste em dançar, insiste em cantar. Ela faz você se soltar; tudo o que eu queria era estar junto a ela. Mas como não posso, apenas a observo. Quieto com uma canção a solfejar, como não sei tocar, a imaginei.
E fora dela, a música é aleatória, do seu impacto contra um teto metálico de qualquer galpão. Faz você se inspirar, faz da luz o apagar: a do sol e do gás dentro de cada lâmpada deste lugar.
E eu continuo a observar, e volto as mesmas questões, que me perseguem e me fazem escravos do clima tristonho que está. Ela me fez pensar, e faz mais nós a pensar do que a sentir. Por que escrevo quando não tenho nada? Por que quando não tenho nada, não tenho o que escrever? Por que eu me questiono? Por que o porque do por que?
Depois de nos fazer organizar todas as questões e opiniões, ela nos deixa sentir de uma forma muito mais ardente, acida. Como por si só, já vem cheia de sentimentos e de pensamentos já ocorrido naquele céu. Nós só temos medo dela não porque somos de açúcar, mais é porque temos medo do que ela pode nos trazer, e assim, não nos deixamos molhar por ela.
Ficamos desprotegidos de sua benção, desorganizados e insensíveis, à desprezando com seu pior inimigo. Um criado utensílio que me desconecta a cada gota do mundo celestial. São circulares, possuem ganchos de cabeça para baixo que chamam nossas mãos. Se retorcem para melhor guardá-los e possuem um parente que gosta de manter roupas aprisionadas no seu escuro interior. Nós o chamamos de guarda-chuva, mas ele mais à aprisiona como um carcereiro do que nos protege de algo que poderia nos purificar, nos intimidar, ou nos sensibilizar: a chuva.”
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