sábado, 12 de junho de 2010

Todas as Cores


     Era uma vez às cores. Todas elas, quando foram criadas pelos artistas. Lá na época das cavernas: para desenhar a sua rotina de caças. Passou-se o tempo, e hoje ela serve dentre tudo, a sua principal função: colorir. Não só o que está escrito, não só o que está impresso. Mas também as situações os atos, verdades e mentiras.
     Foi quando me encontrei nesse tempo. Lógico que sem as loucuras das cores que encontramos hoje. Sei usá-las para expressar o que eu sinto ilustrar o que eu falo, mas sem perder o controle da mão de quem às desenham.
     Por isso, vai um protesto. Curto e rápido. Somos todos humanos, sabemos usar tudo do que é nos dado. Porque não conseguimos falar de outra coisa hoje que não seja amor? Porque eu tenho a sensação de que são raras as pessoas que sabem falar de árvores; amizade; mentira; falsidade; delírios e devaneios?
     Só porque existem cores, não significa que elas têm que ser usadas todas as horas. Só porque você sabe distinguir o azul do vermelho, não significa que você tenha que me mostrar vestido no teu corpo, o contraste de um ofuscando bruscamente o outro.
     Eu sei que você ama, eu também amo! Mas francamente. Você não pensa só nela, e no seu “amor” todos os dias, certo?
     Eu fico por aqui, pensando nas cores e no que fizeram com elas. Todas as cores. Tolas as cores.

Um comentário:

  1. Crítica da banalização dos sentimentos mais do que congruente aos dias de hoje. Porque, como diria algum livro que eu li, (haha), do "amor se fez as artes - a pintura, a música, a escrita, a moda." ... Esqueceram do preto e do branco. Bjo!

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