O cansaço de uma estrada ruim. O percorrer dela e a
abstração de todos os termos negativos para nos fazer alcançar nossos
objetivos. Foi o fim de uma era. Agora sou novo. E me limito a não querer mais
em estar aqui. Aquela vontade pura se foi, junto com todos os meus novos anos.
Foi minha primeira expectativa contrária. Queria eu escrever da mesma forma
quando ainda tinha em meus olhos todo o amor que carregava antes. Oh, quanta
tolice em um só ser. A verdade é que eu deixei de ser mortal. Mas não significa
que imortal virei. Virei algo carregado de algo que não sei explicar, porque
lavo minhas mãos de tal afirmação.
Se definir.
Quem em sã consciência se arrisca a fazer isso? Eu não seria tolo de cair no
mesmo buraco. Por isso defino hoje, a minha desistência. Já foi lá morrer quem
se dedicava a isso. Por em palavras o que ninguém se importa em ter. Os valores
mudaram e com eles a minha “maestria” em fazer com que você me entenda. A
verdade é que eu me sinto o mesmo. Mas fui lá eu ser julgado. Então de tantos
palpites, tantas definições, tantas voracidades em me mudar. Eu acabo. Eu
parto. Zarpo em uma direção demente sem o seu consentimento. Quer ler minha
alma? Leia meus olhos, quando se dispuser a ter minha presença. Caso contrário,
morra a literatura. Quer ver até onde os homens vão perder seu tempo lendo as
cabeças dos outros. Quero mais um presente certo. De quem se revolta. Fui
chamado de cansado em meus plenos vinte anos de idade. Vai ver tenho cisma de
Rimbaud, em querer para tão novo. Não faço sucesso, pois sei o que a humanidade
procura. E não é por uma vontade singular que eu vou manter esse processo.
O fato é:
escrever o que se passa por você para outro qualquer é muito infantil, muito
leigo. Em quanto eu não possuir traços definidos para uma escrita densa e
concisa de objetivos. A escrita não me serve para nada. História, registros,
documentos. E é a única coisa que perpetua no tempo. Registro de alma não vai
lembrar alguém lá do futuro como se sentia antes. Se nas palavras esse “sentir”
não se prende. Quem fui eu um dia tentar. E quem será você, se continuar
tentando. Meus pêsames.
O fim é próximo,
o que era para ser registrado foi. E o que será, terá outros títulos. – Com mais
de cento e quarenta textos, e outros escondidos nos rascunhos perdidos. Despeço-me
dessa fase. Aqui você pode encontrar qualquer detalhe de uma alma conturbada e
humana feito em qualquer outro lugar em metro quadrado deste planeta. Aproveite,
use-o como consulta. Talvez você consiga criar uma alma semelhante, um clone,
caso descriptografe essas palavras errantes. Bom é isso.
É o fim.
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