Depois de muitos e muitos anos, ele bateu em minha porta, e disse que precisava entrar. Primeiramente levei um choque, nunca imaginara que tal ser apareceria em minha frente depois de tantos anos. Mas não manifestei meu espanto, ali naquele momento estava guardado tudo o que eu queria tudo que eu havia pedido a Deus. Eu singelamente olhei para de traz dele, puxei um pouco de ar, para poder raciocinar a cena em que iria ter que digerir. E ela seria densa. Assim ele logo foi direto ao assunto, que lhe trouxera aquele momento. Disse que estava infeliz, e que já estava me acompanhando dês de um tempo. Falou de suas experiências e seus planos frustrados.
Não me disse seu emprego, nem de disse de sua morada. Apenas falou de sentimentos, como se ali naquele tempo já avante de minha fase adulta eu fosse compreender com intimidade. Mas enfatizou uma parte que nem me julgava importante, eu já sabia do que se tratara. Ele nunca fora tão amando na vida, como foi um dia por mim.
Pediu para que eu o deixasseele entrar, para que pudesse ter tempo e modos de esclarecer. Ele sabia da minha inflexibilidade, era e é um dos acentos mais fortes de minha personalidade. Ele suplicava. Pedia perdão, estava na ponta do Ice Berg ridículo em que ele começaria a atuar. Disse que precisava sentir aquilo que sentira comigo antes, de novo.
Eu apenas o interrompi sem torcer um nó se quer na garganta. Apenas levantei a palma direita, com a segunda já na maçaneta. O parei olhando para baixo, deslizei os olhos sobre toda aquela imagem. Vi cada detalhe. Todo aquele corpo que era por mim amado. Tudo o que eu planejei antes, e tudo em que ele mesmo o destruiu. Tudo o que eu queria que agora ele quisesse e fora destroçado.
Puxei mais uma lufada de ar, tudo muito delicado e pensado. Abri meus lábios para assim a boca. E lhe disse: Eu vi um futuro em que tudo se encaixa. Até o meu desinteresse nos arrependimentos tardios. – E fechei a porta sem bater, virando o trinco duas vezes da chave.
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