Era uma vez como uma vez só pôde ser. De dente
tantas vezes já concebido, onde nasce o ser. Um ser dentre desses seres com
outras vezes. Vezes que só pode ser como as vezes que aqui veio nascer. Seres,
vezes, eras. Histórias criadas, interpretadas e reescritas de dentro de cada
ser. O mundo é grande apesar de ser um só. O tempo e único apesar de ser vários.
O abraço do ser no tempo que insiste em viver. O pisar do ser no mundo, que insiste em do
mundo gastar, tornando o tempo único. E quem se desgasta mais? O mundo, o ser,
ou o tempo? Todos se perdem no amor próprio que possuem um pelo o outro. Em uma
ciranda infinita que os homens dessa terra me ensinaram ser o viver. Viver é o
que eu não quero. Nem de mim querer morrer. Quero ter a imortalidade da vez.
Aquela que se repete infinitamente sem se perder. Deixando no mundo, no tempo,
a marca dolorida de um único suicídio de oportunidade no ser. Ser uma vez, como
uma vez só pode ser.
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