sábado, 2 de janeiro de 2010

Escrever o Escrever


     Tudo para dar um texto, vale matar a mãe, vale matar amigos... mas agente nunca faz isso. Não de um jeito que eles saibam. Por isso o uso de metáforas! Sim o maior recurso lingüístico usado pelos amantes de crônicas e dos contos. Saltar duas linhas, uma para o título, outra para o vão. Depois dar o espaço na terceira linha para o inicio do parágrafo – dois dedos no mínimo – e pronto, já pode despejar todos os sentimentos, detalhes e dobras das palavras, porque elas dançam como goma de mascar na maquina de fazer, só para dizer o que tem que ser dito!
     Pronto, fora o primeiro para a introdução. A Marilene me disse que esse era o primeiro o mais importante, o instigar da imaginação e da curiosidade. E que entre eles (os parágrafos) a conexão devia ser estabelecida, com harmonia, sintonia, e abordagem de assuntos para a melhor valorização do texto, ou dos detalhes. Mas tudo com muito cuidado! O parágrafo frasal, era para a Marilene o derramar do café da manha sobre a toalha branquinha de sua mesa matinal. Era sim, imperdoável.
     Tudo pronto agora estava na hora de finalizar, com muita ternura, muitos elementos. Sem passar do numero respectivo de linhas semelhantes do primeiro e segundo parágrafo. Para não ficar feio, e nem desesperado. Agora era a hora de emocionar Marilene - nossa professora de português e de redação – aquela que muitos alunos odiavam pelo “militarismo” em sala de aula, e que muitos outros a amavam pela elegância e pela delicadeza que ela tratava seus alunos prelúdios da arte do escrever. Sim, agora estava na hora de por fim tudo aquilo que a faria emocionar e a fazer-fazer me animar a continuar escrevendo! Sim, saudades tenho, de Marilene.

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