Dois personagens, um de idade “normalmente” à metade do outro. Os dois jogam um jogo, um domínio por um objeto. Só que um tem mais domínio físico do que o outro. Já o outro tem mais o domínio “ideológico” do que o primeiro. E assim eles viviam; brigando pelo fazer e fazeres do objeto.
O objeto? Corpo. Sim um jovem corpo capaz de fazer tudo o que ele lhe fora mandado a fazer. Porem vivia em discórdia ao ver dois seres tentando comandá-lo de formas distintas, e o deixando confuso. Assim é a vida de todo “corpo filho”, tendo como controle as vontades físicas do filho e as exigências turvas do pai.
Não mudando o sexo dos pais: Mãe ou Pai. E não mudando o sexo do filho: Filha ou Filho. Sempre percorremos a nossa história nesse deleito em que um quer mandar na vida do outro, e o outro tendo mais controle, quer mandar na sua própria vida. Quem sofre no final?
O corpo, lógico. Cheio de marcas e putrefações, dentro ou fora. Na maioria das vezes dentro. De tanto que manda e desmanda, tira e põem, faz e não faz. Isso vai matando o corpo, isso vai desarticulando. E fazendo de minha teoria cada vez mais a verdade.
Porque embarcar nessas posições, sendo que eu como eu mesmo, atuo em uma: Tendo minha opinião em defesa do filho. Sempre terei essa visão até ser pai, dizendo hoje, que sofro redomas e fardos inexpressíveis de dor, ao me digladiar com alguém que deveria se mais do que mais meu amigo, meu pai.
Porem quanto mais eu brigo e mais tenho desavenças com meus familiares. Mais quero tomar a posição de filho que tenho hoje. Por causa dessas picuinhas, dessas armadilhas esdrúxulas para me tirar o humor todos os dias, após o expediente do dito fardo. Vejo que quando eu tiver meu filho, mais e mais vou respeitá-lo; respeitar seu espaço, suas necessidades, seus desejos.
Formando para ele só o verdadeiro conselho do que deve ou não fazer, e suas conseqüências. Para assim ele tomar suas decisões sem ter dúvidas, e sem ter medo. Sem “querer” ver ele vá se arrepender, e sem dar palpites, para assim não forçá-lo a arrepender. E viver feliz, sem indagar e nem (diferente do que meus pais) o perder, na vida.
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