Com o bater de asas a oitenta vezes por segundo, ele veio pairar na minha frente. Nesse ramo da casa aonde o jardim se limita às azaléias e outras pouquíssimas flores, estava eu sentado no único banco que ali restava. Não que eu não quisesse estar ali. Mas a tarde vazia com seu tempo nublado, nos faz visitar lugares perdidos em casa.
“Porque perdera seu tempo comigo?” – Eu não conseguia entender. Tão rápido, de tamanho tão pequenino e de vida tão curta. “Vai fazer algo em que possa ser recompensado!” – Ele nunca que poderia me entender. Eu, que me perco às vezes no sentido da vida, pairo como ele no ar para buscar respostas, interpretações. Eu e ele, ele e eu. Somos tão diferentes em espécie, ordem e gênero. Mas mesmo assim possuímos o mesmo objetivo. Daqueles em que regam para mim, ser o mais difícil para se concluir. E o que mais vem sendo uma decepção para mim, e talvez para ele:
“Provar para os outros, que o seu próprio objetivo não é mais importante do que a vida dos mesmos.”
E mesmo sem resposta de importância, se importar com os mesmos.
É tão difícil provar isso, deixar claro pra quem se ama sua real importância.
ResponderExcluirSempre fala tão forte ao meu coração.