Vem como esta que finca no ar, sem machucar, sem reagir. Cheiro é mais leve que o amor. Quando não há flor, ele vem do nada, lembra teu, amado. Nem que esteja claro, vem sentir assim, toque no escuro. Toque material, toque carnal. Morder partes de quem já morreu, sentir na textura o breu, de te morder.
Ter que vingar, esperar puxar todo esse anzol. Nunca me fez bem, não é bem assim. Como colocar, isca pra matar. E vela sofrer, se agonizar e salvar. Se apaixonar, filme de terror, os olhos fechar. E encostar, na paz do silêncio. Tudo que é escuro, e no claro invisível é o que eu sinto. Vidro limpo, depois um espelho, depois você. Sua foto; isso é o amor.
Não te enxergar, enxergar-me através de ti.
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