segunda-feira, 1 de março de 2010

Amor de Forja. És Forjado?


     Não se preocupe. Essa luz que eu conduzo, só eu posso ascender ou apagar – quando eu quiser. Você sabe que eu não me importo com isso. Que existe compositores, excelentes compositores, que gastam sua folha sob vários dias; Ou aqueles que sob várias folhas, gastam seu dia.

     E eles nunca sentiram teu cheiro. Sentiram?

     Eu poderia usar essa luz para muitas coisas. Você sabe que eu tenho a mínima vontade de não incendiar tudo isso. Por que eu odeio ouvir os outros. E que todos “sabem” muito do amor. E que para todos quando estou feliz, “canto” triste.

     Mas eles nunca viram seus olhos. Viram?

     Vê que para todos, o amor é como uma forma. Mas eles não sabem quem forja essa forma. E que julgam que a minha, é composta de angustia.

     Porem eles nunca beijaram seus lábios, beijaram?

     Lábios molhados da minha falta, da distância que cerca nossos destinos, nossas estradas. Da angustia em que sentimos nas rezas e orações sem um Deus fixo, em que rogo com fervor sua presença em minha cama todas as noites. Nas noites em que sinto frio, e que chove. E do amor em que bato e rebato para moldá-lo, e assim, encaixar perfeitamente no seu, sob sua medida.

     Aliás, eles nunca ouviram sua voz. Ouviram?

     Eles não sabem nada sobre distância, destino, angustia, oração e falta. E vem pra cima de mim, querendo forjar minhas concepções sobre o que é amor. Eles não conhecem seu amor, suas medidas, suas necessidades. Eles não conhecem minha forma, meu amor.
     Mas eles não vão desconfiar disso; e vão continuar a falar, falar, falar...

     A final de contas, não são eles que te amam. Amam?

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