segunda-feira, 15 de março de 2010

No meio da noite; No meio de março



     Estamos no meio das apresentações, e tudo é mais perceptivo. Olhares cruzados, mãos anexadas. Existem cores, sons e luzes. E se vê movimento, se ouve músicas e se acende velas. Sou eu na tua frente, e você na minha. Tudo é ânsia, tudo é cólera. Estamos no meio da noite.
     Sentir tudo isso deixou de ser sonho. Agora toda a pele sente o calor, todo o nariz sente o cheiro, toda a boca sente a palavra. E se diz “oi”, e se responde “prazer”. Segue o “como vai você” e em contrapartida vem o “tudo bem, melhor agora”. E estamos no meio de março.
     Deixar o tempo levar nossa saúde, recuperá-la com os nossos vícios. Mestre de todos, são seus olhos negros. Aonde no doce branco voavam as cores, no preto ácido despencam e absorvem. Pois assim faz você com minha alma, quando fita minha instância me chupa em doses. Canudos de sorvete, me toma com leite, em goles de Ron. E assim vamos dormir dos sonhos e acordar nas realidades. Por que se logo assim nada existe. E assim logo estamos:
     “-No meio da noite; No meio de março.”

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