Dessa vez eu fui muito nobre, e muito feliz da minha parte. Pensei em um jeito interessante de ser, e falar do ser. E assim pensando, tive uma idéia em que eu seria como uma folha de papel. Do tamanho comum e/ou convencional de ser, não seria maior nem menor do que ninguém. Mas carregaria e estaria muito carregado, das minhas características de ser.
E nessa folha, minha folha – que seria eu. – Eu estaria dobrado, em várias partes. Cada uma de um jeito, e como a minha dobra mais simples... Que seria a que mais tangencia com as outras folhas – que no caso, seriam outras pessoas – acho que ela é pintada de amarela, com tinta Guash (forte).
Tem também essa que escreve o texto, a que está com você agora, presente nos seus olhos e ás vezes – dependendo da concentração do leitor – com seus pensamentos: Ela gosta muito de concentrar com fones de ouvidos grandes (sem música), digitando tudo que quer no computador.
Mas tem aquela que se assemelha com essa última, mas não deixa de ter sua própria dobra: É a dos meus desejos, ela é pecadora e só se importa apenas com sigo mesmo... È a que esbarra na dobra da paixão. Que só se manifesta nos meus beijos e que sempre carrega os lábios de cor roxo-amora inchados, e que nunca se apaixona com ninguém e por ninguém.
Junto um pouco mais pra baixo da minha folha de papel, tem uma que não foi pintada, mas está toda amassada. Ela já passou na mão de muita gente, mas poucos conseguiram tê-la por muito tempo. Passa o tempo eu vou ganhando outras, as que mais trocam de cor é a da amizade. Mas isso é só na borda, em degrade; O centro é que tem a cor mais forte – que seriam os meus melhores amigos.
Já a última é pintada de verde, sempre em tempo futuro. E a que mais repara nos ventos e nos cheiros; É a mais esperançosa – e também a mais iludida.
Fechando tudo, logo penso no macro de minha folha, da arte de que toda ela é. E logo a vejo como uma parte incompleta, de um texto que precisa do outro, para completar o seu sentido. Pois acho que sou assim, a espera de uma outra folha. Para quando assim juntarmos, fecharmos em um contexto de carta. Uma carta selada... Uma carta de amor.
Adorei sua forma de ver seu mundo, você vai longe assim xuxu!! haha
ResponderExcluir"Já a última é pintada de verde, sempre em tempo futuro. E a que mais repara nos ventos e nos cheiros; É a mais esperançosa – e também a mais iludida."
Gostei de como brincou com o esperançosa e iludida, opostos tão mproximos..ha
quando adentramos no nosso mundo artístico vemos que a nossa arte é inteiramente mergulhada em cores adversas e que nossos sentimentos e tudo mais se entrelaçam juntando uma pintura... mesmo numa folha... que pode ser... assim... tão simples. e é tão engraçado depois de analisar tudo e vislumbrar-se com as cores que temos dentro de cada um... ainda sim estarmos munidos de tanto esforço para buscar um cartão-postal que nos complete... ou complete simplesmente... a imagem da paisagem que somos.
ResponderExcluirlindo texto! palavras lindas!
p.s: já adicionei 'signo maçã' ao meu blog!
[ riso ] forte abraço!