sábado, 8 de maio de 2010

Copo de Argila


     Todos se concentravam naquela noite. A penumbra da cozinha do visinho ligava, e rebatida na parede tornando do seu apago um sinal. O senhor Jon não gostava do cheiro da cidade, e então abria a janela do cômodo em que tangenciava o corredor das casas, no qual Rosa nunca soubera que sala era, ou se era quarto. As casas eram vagas em todo espaço, e assim, como numa situação àquela exigia silêncio, e audácia.
     Uma janela quadrada distante de um prédio acendida apagara, e o “esparro” foi alcançado. Ali na outra janela, morria Rosa, nascia Lisa. Ela como toda boa moça, e como sempre vencia em jogos de investigação de tabuleiros; era a mais esperta. Sua porta fedia a perfume de lima cítrico, sempre que deixava seu copo de argila regado a leite de soja nos trilhos da janela de correr.
    A penumbra havia se apagado. E Lisa precisava ser esperta, o seu visinho já desconfiado fechara a janela. – ele estava com mais remorso ainda da sociedade jovem residente. - A porta do banheiro se fechara. Não era um banho que iria ocorrer ali, só uma visita a privada. O irmão de Lisa também tinha desconfiado. Ele fecha a sua janela silenciosamente. O cheiro de lima enobrece, o copo de argila se esconde da janela com cinzas. Lisa havia fumado o primeiro e o ultimo cigarro da noite. E todos foram dormir, desconfiados.

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