domingo, 14 de fevereiro de 2010

Felinos e Gatos




      Meus olhos estavam bem mais negros, eu me via agora no futuro... Não em um sonho. Estava com várias bolsas de nylon carregando uma câmera chamativa, com alguns papéis... e minha fadiga um pouco cansada. Cruzei a porta do meu apartamento que nem vi que tinha aberto. Numero 203, cujo o condomínio possuía o numero da soma do meu apartamento em blocos de prédios.
      Eu era até feliz, um pouco mais adulto, mas me sentia mais belo. Sem espinhas nem cravos, apenas a barba mínima que eu insistia em tirar todos os dias na lâmina seca do barbeador. Pelo peso, eu sentia que tinha muito trabalho a fazer, e pouco sono. Foi quando eu senti falta de um pretexto:
      -Pumos, se ta ai!?
      Recordei-me; Pumos era meu gato, um felino lindo todo negro que comprei em uma feira da cidade quando ainda estava para me mudar. Minha mãe não curtiu muito a idéia, mas agora eu era independente e era isso que importava.
      Eu não o encontrei, achei estranho... Ele sempre me recepcionava quando eu chegava tarde do trabalho. Porque ele sempre acordava tarde, à noite.
     -Pumos!? Cadê você?
      Estranho... Eu agora estava com medo. Pumos sumido. Seria o caso de algum assalto? Ocorrido na minha casa e eu tolo de filme não estava sabendo?
     -Pumos é sério! Não tem graça! Apar...
     Nós ficamos imóveis. Eu e um ser que eu tinha certeza não ser Pumos. Porém, era de forma humanóide, olhos negros idênticos aos do meu gato, braços arredondados, pele avermelhada, morena e lábios já beijados.
     -Você!? O que...?
     -Desculpe não ter avisado que viria, eu tomei a liberdade de pegar a chave com a sindica do prédio... Não se importa né?
     -Não... que isso, eu... Eu... Só pensei que...
     -Ok... Você se esqueceu também né?
     -Pois é, eu... Acho que foi isso.
     -Não tem importância, eu errei também. Belo gato! Eu não sabia que você gostava... De...
     Foi quando o maldito apareceu, me olhando com aquele olhar felino e desconfiadamente constrangedor, de quem eu devia algo e não era a sua ração.
    -Pois é, esse é Pumos, o meu... Gato.
    -Legal...
    -Em fim, fique à vontade!
    -A casa é minha?
    -É... A casa é, sua... – Solfejei entre rubras febris.


2 comentários:

  1. Seu maluco, eu vivo no seu blog, tem mais comentarios meus do que de qualquer um. KKK. Me lembrou o conto do gato negro Pluto. Bem subjetivo o final, haha, como sempre. Pra bom entendedor meia palavra basta.

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  2. ahsash pois é anala, nem te conto! ashash...

    em fim, pois é vc merece o credito, o adriano e a livia que me pagam!!! asahsh...

    Pumos eu tirei do texto, e do Puma... tb eu queria o nome cientifico mas num achei.

    ja o final, seila, o "eu" pode ser feminino... nhe? asahahs...
    nha da naum, tem barbeador no texto...
    deixa pra la, naum teve graça ¬¬ hashas...

    bjux!

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