Ela havia prometido para si mesma, que não se revelaria sobre tais condições. Seus instintos o matariam, e não era preciso estudar muito para saber disso. O amor entre os dois poderia resultar em filhotes, e os filhotes resultariam na morte de seu amor, pelo bem dos filhotes.
Assim, ela viveria submersa, atrás dos varais de caule de cada planta. Daquela floresta tropical densa. Deixaria o calor que cada dia subia mais, tomar conta de seu ser, sem que ela se prontificasse em tê-lo.
Ela era uma Louva-a-deus, e teria marcado em seu destino o ato de reproduzir, tendo ela que tanto amar, sem poder estar. Sendo assim, como ela sempre o queria por perto, e vivo. Viver seu amor atrás dos pequenos gramados e arbustos floridos da floresta sem conhecê-lo. E tendo vários outros, para tomar seu lugar, e os matando para realizar sua função e alimentar seus filhos.
Era assim, para ela, idealizado e imaginado. Nunca descobriria o risco de amar verdadeiramente alguém por intenso podendo assim perde-lo. Ela se contentava em ver seu doce Louva-a-deus, como um próprio Deus, inatingível! Em que ela previa que logo viria uma parceira, e tiraria a única razão de todo aquele apego. De todo aquele cuidado, louvado.
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