terça-feira, 17 de novembro de 2009

Agora


     Quando “agente” deita, o mundo encosta. Agente encosta em outra dimensão. Falar que era preciso, faria valer a pena, de uma opinião. Todo o teu medo, e cores frias nas lentes da minha imaginação. Quando você deita, o tempo congela, faz de noz uma conexão. Sei que é difícil, entender. Todo esse conjunto. Mas se você está vivo, em outro mundo, não importa. O que importa é que você existe, e que existe, e que vai ter por onde estar. Eu vou estar, em algum lugar, aonde você também vai estar. E nos cruzar, os olhos lentes mal estar, eu vou sentir. Você estar, em êxito, complexo demais para os mortais. Estar, fazer, com que o ar sinta a diferença. O que ninguém, pode sentir. O que ninguém, pode enxergar. Todos sentem, todos enxergam, todos vão enxergar. A diferença, entre nós dois: é que o momento de enxergar chegou agora.
     E agora? O que agora? Eu posso fazer, tudo nesta hora. Pular de um prédio, fingir mistério, mudar o que sou para ser você. E nessa hora, a grande cova. Que eu cavei tendo no meu coração. O que tu gosta, e quando chora, a chuva devagar e em degradação. Eu vou embora, caso nem gosta. De como eu quero me sentir, nesse vão. Gosta de torta, porque me adora? Se sinto você morrer em cada opinião. Qual casal que gosta de opinião? Qual de nós vamos nos criticar, amando ou não?
     Qual a porta? Ela é torta? Será que eu vejo tal noção? De que tem hora, que me distraio, pondo num diário. Os seus traços e tua afeição. Não, borracha, não. Nada vai fazer você aqui, ou ali. Tudo vai estar em você, e você em mim. Sim, escreve, sim! Escreve menino tudo o que odeia em mim. Pra eu poder fazer, o que a tortura da tua letra me faz, bem. Ou mal? Não sei... O qual? Não sei... O que está? Agora...

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