E ela deslizava como manteiga, mas muito mais quente que o seu corpo. Ele podia ver o quanto ela estava em súbitas palpitações de êxtase e nervosismo. Era como tomar refrigerante gelado com a boca ardendo pós efeito da pimenta. Ele sabia disso, pois via em seus olhos o quanto aquilo a satisfazia. E ele estava satisfeito com isso. Só de saber que ele era bom demais para deixar tal superfície trêmula, só de ver o vibrar dos olhos que quase mudavam de cor por tanto gozo. Só de estar em tal tempo, já paralisava a ação e os efeitos.
Mas não era o suficiente, ver esta superfície tão perfeita e morena suar, como o teto de uma sauna qualquer. Onde os vapores dos desejos não escapam. Não era suficiente ser a válvula de escape dessa panela de preção. Ver os segredos vedados pelo anel de borracha da tampa fazia essa superfície estremecer, e gemer.
Vendo tais reações, ele suportou em ficar ali, só a observando. Com olhos de anti-clemência, não importava com a saúde da superfície. Só achava exagerado, pois o corpo dele não era resistente o quanto o da superfície. Ele apesar de diferente do que a superfície era; Era apenas humano. E estava se sentido muito bem, em ser um humano a causar estragos em uma superfície tão macia, tão quente, tão gostosa.
Cansou-se de esperar. E agora podia ver-se quase levantando para partir. Ele agora a deixaria ali para que ela pudesse descansar. Incrédulo praticamente. Pois afim, ele não podia. A superfície era muito mais forte. Ela o agarrou e o trouxe perto de seu coração, quente e suado como pós-respingos de chuva ácida. Ela o abraçou veemente e olhou arregalada em teus olhos. Recém vazados e mudos de cor. E ele, com dó, a beijou novamente! Estava tudo recomeçando de novo, e certamente, ambos suariam outra vez...
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