Como era bom aquela época. Aquela em que o passado não traz nenhuma ressaca de ter o tédio de ler mais um texto meu. Em que não tem dó ao iniciante, nem vigor ao veterano. Como é bom poder escrever, em uma época que se tem língua. Aonde alguém de uma grande maioria me entenda. Pois sei que não vai entender o que sinto, mas só de ler já me faz compreensível.
Época do qual não se permite vincular nenhuma data, para não ter figurino, e para assim não ser gravado um filme. Época daquela que não se tem um estilo, padronizado. Época daquela que será época, e como ela mesma terá um próprio tema, um próprio sentido.
Quando disparo para dizer sobre ela, remeto-me ao mistério, e obrigo a todos lerem, do inicio ao fim. Para assim não me sentir sozinho, como ninguém gosta de se sentir sozinho. Ter um sentido na palavra, para dar sentido aos sentimentos, e assim dar sentido a quem vai ouvir. Pois assim são os humanos no meu ver: Ninguém para mim tem sentido, se no que eu digo em palavras, não pode ser entendido. E assim vira um objeto. Um porem.
Porem que mesmo no porem, ter um porem para fugir do ultimo porem o torna mais um porem. Pois assim levo a vida errante, colocando rotas de fugas dentro de rotas de fugas para se sentir mais fugido. E mesmo assim estar no mesmo lugar, fugindo para a mesma direção. Porque é assim que eu revivo a minha inspiração, voltando a escrever como naquela época em que eu escrevia assim.
Deixando o sobrenatural me tomar como um copo que toma do vinho, antes do tomador tomar desse tal vinho. Cálice que foi calado pelo cálice. Cálice copo, cálice vinho. E voltar neles como uma historia, e voltar para na historia entender a época que eu era feliz.
A época em que eu falava de olhos. A época em que eu sempre falarei. Pois sei que deles que saem todo o sentimento de um movimento voluntario ou não. Porque para mim é assim: Voluntários são involuntários à ação daqueles que não querem ser voluntários de coisa alguma. E sabemos da verdade: Quando nos perguntamos do porque do porque até o fim da explicação.
Porque quando se tenta descobrir sobre o sentido de tudo do que fazemos, descobrimos na profundidade do fazer, que não tem sentido nenhum fazer aquilo que estava sendo feito.
E é por isso que eu tenho saudade dessa época, pois eu fazia tudo sem sentido, e sentindo que havia um sentido, me sentia feliz. E saber que essa época era ontem, me faz sentir mais feliz ainda. Porque fui assim antes, sou hoje, e serei depois: Feliz.
Nossa, super metalinguistico. Eu gostei pra carammba. Admito que umas frases li mais de uma vez pra entender todos os sentidos, mas mesmo assim me deu uma super nostalgia. Seus textos sempre me fazem isso. Eu sorrio lembrando de algum momento que ele me remete. É tão... subentendido. No velho estilo: Foda veeeeei! Keep walking!
ResponderExcluirAchei teu blog ótimo, gostei do texto ! Gostei muito ! Se puder me visite, http://sindromemm.blogspot.com
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