quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Astros em Fúria


      Todos os astros se contemplaram, era o orgasmo final. Aqueles que eram estrelas, viraram buracos negros e isso fazia a fúria de Deus arder em mim! Eu não posso definir o que é, e realmente não é definível. Tamanha força, tamanha vontade de dobrar o aço nos dentes, é a fúria de quem não pode tocar, e se retorce para se contorcer. Todos os Deuses, todos os governos, todos os modos e sistemas. Todas as águas, os cursos, os fluxos. Tudo que é inalterável, sólido e imaleável me torna demoníaco, me torna ganancioso, me torna profano. Tudo aquilo que esteja escondido, eu vou achar, tudo aquilo que um dia foi planeta fora de seu curso. Eu vou colocá-lo nos eixos, nem que para isso eu precise me matar afogado na minha própria banheira. Afundando minha cabeça contra a lousa e as dobras da torneira. Nem que eu precise dar voltar eternas no planeta para eu voltar ou avançar aquilo que me fez estar lá. Nem que eu vire essa casa de cabeça para baixo, revirar cada gaveta, abrir plantas, remoer fios! Nem que o sol me torre, nem que Deus me lance eternamente no inferno como fez com o Diabo, nem que eu precise virar Deus para isso! Eu vou encontrar alguém que me sinta como eu sinto tudo o que esta a minha volta!

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