Ele não sabia por que, nunca se dera bem com ela. E mesmo assim estavam próximos. Ele sempre sem assunto, meio distante, analisando o mundo... De um ângulo diferente. E ela sempre querendo sentir as coisas, querendo achar os meios dos fins, o motivo de tudo e de todos naquele lugar. E só do fato dos dois serem assim, sem estradas, sem pontes ou qualquer outro modo de conexão, já os tornavam conectados. Os olhares os espíritos as idéias, até nas criticas, eles já se sentiam em ciclo, mas nada de sentir iguais.
Eles possuíam um medo mórbido de se sentirem iguais, de um dia colocarem um igual entre suas equações. Não pelo fato de um dia chegarem a um denominador comum, mais sim de estarem com medo desse valor, do que esse valor representa e que tipo de numero seria essa igualdade.Mesmo assim eram incompletos, um sem o outro. Eles sempre se entre olhavam e sempre se perguntavam no ar rarefeito entre a turbulência dos dois: “Por quê?” – e isso já definia seus dias de martírio e complexidades. Ela já soubera disso, mas tinha medo de não saber o que estava se passando naquela cabeça enigmática e esquizofrênica, e ele tinha outro medo, o medo de estar incongruente com ela. O medo de estar invadindo certa expressão na qual ele sabia que ia completar. A tolice tomava conta, um na forma física, e na outra da forma espiritual. Entretanto ficavam naquele dilema de não quererem saber que um com o outro, mesmo que o amedrontasse, era a melhor alternativa. Não sabiam que na vida de um casal (propriamente dito, casal, um homem e uma mulher) equações são indecifráveis, e mesmo que as decifrem seria o fim deles mesmo, uma separação.
E esse medo que os tornam inertes, sólidos e ambíguos. Mas tornavam presente naquela tarde chuvosa, na casa dela, onde qualquer coisa se passara dentro daquele largo tubo de imagem, na sala de estar dela. Onde ela já ferira os lábios de tanto os mordiscarem. E ele possuía os olhos já ardentes, de tanto intercalar seus olhos entre a TV e os olhos molhados dela. E eles sabiam porque estavam ali, e dentre vários comerciais ali passados, vários impulsos de vontade entre ambos dentre cada vinheta daquela caixa de mágicas.
Virou então uma competição, cada hora um ousava um movimento, um toque. Não dava para imaginar a que distância ou posição que eles se encontravam no cômodo. Eles só se permutavam entre os ares. Ele na sua base física, a cada toque seus pelos do braço arrepiavam, e ele sentia sua barriga enrijecer como se estivesse levantando de um conforto, para uma vontade louca de desconfortar. E ela no seu plano espiritual, sempre que sentia um olhar, uma expressão ou algo que tornasse diferente aquele lugar, a deixava travada em seus aposentos, e transformava tudo por perto muito denso.
Já aproximava as 6 horas da tarde, e ela sabia que ele teria que ir dali embora, e ele já estava a sentir pressionado com o tempo, seu celular dava facada em seu ego a cada vez que ele o consultava. Já não tinha outra solução, a TV se transformara em um passador de tempo doloroso para os dois, e eles já nem haviam mais explicações para aquela cena que eles se encontravam. A pressão atmosférica já havia dobrado, e seus ouvidos pareciam gritar depois de um surto de uma explosão de uma granada naquele cômodo.
Quando tudo estava preste a suprir a expectativa da vontade humana, de um sobre o outro, e aquilo já se tornava um altar de vontades implícitas entre olhares cegos para o feixes que se reproduziam naquela caixa maldita de soluções. A luz se sentira fraca com as necessidades daquela casa que parecia usar mais energia do que as demais. Afim de suprir o que ambos não tinha, ela misteriosamente acabou.
Agora viraria tudo de cabeça para baixo, eles subitamente estavam em uma saia justa, precisavam justificar um para o outro, qualquer situação que houvesse. Assim ele olhou para o reflexo dela na TV, no fundo do tubo perdido. Era o que ele mais queria ver na programação, ambos se entre olharam nos reflexos escuros daquela situação. Ele não mais reagiu, virou para o lado e disse: “Se eu começar, não vou conseguir parar.” Ela se aproximou dele e respondeu: “Afinal, porque você não tenta parar?” E eles abandonaram os planos.
It's too hard for someone like me to understand what you v'wrote but the mean is great. Something like it can be called on brazil like... "lindo" and too deep for the almost people.
ResponderExcluir"sala chuvosa" the title is perfect... my apologizes if I dont understand it completly, but when I was reading, I've felt a sad feeling to daaaarrrkly for me but on that moment, the rain was to pass trough my window pane it was amazing, like fate you know? That was the moment, that was my feelings...and my half couple was too far from me too. I've come to congratulate you for your well done work. I know that you're noob on doing this, but with an good advertisement on web... that can goes on!
Keep writing please..
Thx for everything!
I'll still watching your blog!
Thanks Gabriel, I can not speak English, but I am very happy to have you as a reader!
ResponderExcluirWooooow, que isso ein Tássio, agora eu que to com inveja de você!
ResponderExcluirhahaha
Parabéns, sério mesmo. Gostei muito desse texto.
Muito.
Você descreve o ambiente da melhor maneira possível, eu me identifico com ele.
E depois temos que pegar moedinhas! haha
Pooo, ficou foda demaiiss. Outro tipo de cronica, de vocabulário , de personagens. Tudo essencialmente novo.
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