segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Doutrina de todo Humano


     Em habitat noturno, ela quase é invisível. Já de cara és a mais alta, na noite selvagem, nos olhos infravermelhos. Qual seria tal animal, qual seria tal pupila. Que enxergaria sem teu brilho.
     Ela nem fala, mais sua presença marca várias opiniões. Cada faze é uma delas, delas sempre chegam a um vão.
     Ela parece pura, talvez seja, nunca pesquisei sua trajetória. Em sua empresa ela é o máximo, quase ninguém pode ser do teu tamanho. Pelo menos no nosso caso, a vejo por esse estado.
     Ela possui varias dimensões, quase nunca de outra cor. Não possui cheiro, gosto, nem ruí sons. Mas meche com qualquer visão.
     Nossos olhos nela dilata, mas não dilata como os demais, e nem demais. Ela não queima nossos olhos, igual certos seres celestiais.
     Ela é um ser feminino, ela não é humana. Ela é a mais ousada, ela não precisa de cama, porem no ar é a mais profana.
     Sempre que brinca com uma bola de fogo, ela quer queimar em seu posto. Parece as vezes querer se bronzear, mais acaba a nos assustar.
     Ela tampa a nossa luz, por poucos segundos, e suficiente para deixarmos sem palavras.
     Quase posso tocá-la a noite, em certas vezes permite a aparição ao dia. Parece nunca querer se separar de nós. Parece não ter mais outra paixão na vida.
     Eu podia uma dia até visitá-la, mas a passagem do ônibus é muito cara. Quase um dia por ti morri, quando ao seu deparo me distrai.
     Todos nos a admiramos, quase sempre por ti erramos. Já alguns até matamos, por ti profetizamos.
     De ti já ouvi vários nomes, quase todos os mesmos que de ti chamo. Os mais sábios em latim te chamam de Luna. Eu, porem o mais tolo, te chamo de Lua.
    

Um comentário:

  1. Que lindo, chega a parecer uma música. Adoro contos breves mas que te deixam pensando ou no caso com uma baita nostalgia. ;) Fez um estilo diferente dessa vez ein.

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