Tudo sempre parecia descer e subir para ela. Como se fosse uma enxaqueca fixa a cada vez que ela tentava entrar nas comportas do seu ser, Mel era assim, não entendia os fatos. E isso a tornava cada vez mais distante, como se ela não pudesse prever o que estaria para acontecer em qualquer situação, não era inconseqüência, era desleixo. Seu sensor vital estava quebrado. Mel tentava aflar as expressões para fora, como quem nunca tivesse apreendido a ser gesticulada. Ela parecia um animal, que se expressava pelos gruídos ao contrario de simplesmente mover os músculos, as sobrancelhas.
Seus olhos refletiam o medo das pessoas, eles eram poderosos, e imóveis em relação ao que sentira, Mel tinha apenas o domínio da intensidade. E isso deixava seus interlocutores loucos. Ela não sabia, apesar de seus dotes, o que as pessoas pensavam dela. Ela sempre via os olhos em pares como se fossem estátuas, mal sabia o que eles tinham em objetivo com ela. Assim ela ia abandonando os pretendentes, os amigos, os convites, os empregos. Mel podia mudar de personalidade como o gelo podia transformar em água, e isso a deixava a par do que acontecia com ela. Ela sabia que isso a machucava, ter que fingir o que não é para varias pessoas. Mel estava mudando, e não eram só os hormônios, havia um coração a palpitar. Um coração que mudava de acordo com os olhos, de acordo com o clima. Haviam energias vindas vibradas do céu, e às vezes haviam projéteis disparados do mesmo céu contra seu rosto. Ela não podia evitar, ela era assim, um espelho de seda contra uma muralha de espinhos que era a realidade.
Pois assim, não vou poder terminar essa historia. Não por falta de inspiração, ou até mesmo por preguiça ou querer dar impacto ao texto. Mas a historia não sei ao certo. Mel estava parada diante da janela, e eu posso sentir que ela está desistindo de entender as pessoas. Sinto que ela está debruçada sobre os sonhos, e que tudo a confunde, quando ela mesma deveria a ajudá-la. Mel não está ao certo morrendo, ela esta parecendo dormir. Sobre a brisa que curva a chuva para dentro do seu quarto, e a obriga a pensar: Será que ela nunca vai encontrar? Será que no seu casulo, apenas seu mel vai estar?
Mel estava arrependida. Mel precisava arriscar... Amar.
Eu te odeio vei.
ResponderExcluirVocê sempre escreve coisas que eu penso, gosto, quero, odeio..
Você tem que parar com essa sintonia.
Acho que você é p culpado da minha inspiração ter sumido: você a roubou de mim.
hahahahaha
Droga, me identifico com a Mel.
ahshsah nossa, desculpinha intaum! ahshas... :-*
ResponderExcluirMel devia parár de filosofar tanto, pensar tanto...porque ela vai morrer sem entender muita coisa e vai viver muito muito muito pouco. O sentido da vida não é entender é sentir... sentir a vida de todas as formas, inclusive através do VERDADEIRO SOFRIMENTO fruto de EXPERIÊNCIAS VIVIDAS e não apenas IMAGINADAS talvez seja o único sentido da vida. Quando você "vive" com medo de sentir ou não aguenta mais... você está MORTO.
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